Desabafo.

Aquele era o último ano de colegial, e não esperava que algo me desperta-se interesse além do tão falado e esperado vestibular, mas algo me despertou a atenção, ou melhor dizendo, um certo menino me despertou. Naquela sala de aula, não havia muitos meninos, eram apenas cinco, e ele era o único que me 'incomodava', sempre me senti desconfortável em sua presença, afinal ele tinha algo diferente em seus olhos. Ainda me lembro da nossa primeira conversa, deveriam formar duplas de acordo com as imagens distribuídas pela professora. Você foi o meu par. Sorte? Não sei. 
Seu sotaque diferente, e a minha inquietação em sua presença, óbvio que você percebeu. Meu rosto corado, mãos trêmulas, e certo desconforto de ambas partes. Ali começava uma grande amizade, ou seria um grande amor? Ainda não sabemos, só sei que o que sinto é encantadoramente inevitável. Você ainda não deve ter percebido mais meus olhos não saem de sua direção, não deve ter percebido que eu ainda tenho esperança de ouvir um único euteamo da sua boca;  Isso não era pra ser revelado. Pois, você não tem o poder de ler mentes ou muito menos de entender sentimentos, era algo subentendido e eu pretendiria ficar em silêncio, realmente não diria nada.